APATIA
APATIA

Não sei, porque navego nesstas aguas

Desejando ardentemente a fonte impura

Porquê, as minhas ânsias ficam mágoas

Minha força se torna insegura

 

Porquê , nesses olhos há canndura

Ou talvez seja eu , que veja isso

Sei que essa beleza me tortura

E a tua presença é um  feitiço

 

Porquê? Tantos porquês,não è preciso

A vida è um mistério inexplicavel

Quando se perde a razão e o ciso

Tudo então nos parece condenavel

 

È porque algo há de razoavel

Mas nos falta a coragem para aceitar

O que realmente è lamentavel

è o querer adormecer e não lutar

 

 

 

PORTIMÃO : 24/07/1985

 

 

MANUEL FERREIRA MARQUES