Olho para dentro de mim
E duvido do que vejo
Confusão em frenesim
Ando à procura de mim
E em nada me revejo
Olho para a vida que levo
Tão cheia deste vazio
Retroceder, não me atrevo
Pagarei o quanto devo
Para saldar meu desvario
Desci ao fundo do poço
Para ver o que lá havia
Neste lodo onde me roço
Quero contar-vos, não posso
Porque decerto mentia
PORTIMAO: 16/03/2000
MANUEL FERREIRA MARQUES
poesia é a voz da alma