Decepaste-me as ra¡zes
Que me traziam preso a ti
Ficaram-me as cicatrizes
Do quanto amei e vivi
Se contigo eu demoli
O castelo deste amor
Contigo eu construi
O coliseu desta dor
Lançaste-me ás feras letais
Eu nem sequer resisti
Oxalá tu ganhes mais
Do que aquilo que perdi
O que em silêncio eu chorei
Que sirva para aumentar
O mar onde te deixei
E nele poderes navegar
Que os ventos desta saudade
Enfunem as tuas velas
Para navegares com verdade
Pois não navegas sem elas
PORTIMÇO : 03/09/1998
MANUEL FERREIRA MARQUES
poesia é a voz da alma