Se Deus assim me idealizou.
Serei a flor, que desabrochou
Para enfeitar uma sala fazia.
Olho em redor, e vejo liberdade
Mas eu próprio me sinto acorrentado
A uma tristeza que herdei do passado
Aumentando a chaga da saudade.
Òh! Ventos que rugis no firmamento
Levai para longe meu lamento
Deixai-me viver na ilusão
Sei que a vida è um sonho
Com despertar rude e tristonho
Mas è pior, viver nesta prisão!
PORTIMÃO ; 27/11/1974
MANUEL FERREIRA MARQUES
poesia é a voz da alma