Trago, sobre os ombros, esta cruz
Que embora se não veja, pesa imenso
Nas marcas do meu rosto se traduz
Pecados, que só com o tempo venço
Tenho o livre arbítrio, mas não penso.
O custo desta mágoa, que em mim pus
Embora eu saiba, que não me pertenço
Preciso, Pai, de ajuda e vossa Luz.
Permiti Senhor, que eu leve a minha cruz
Embora pecador, sempre supus
Que fosse reagir de outra maneira
Mas pesando bem, minha fraqueza
Deus! Eu não merecia tal riqueza
Não soube transpor essa barreira...
PORTIMÃO ; 19/02/1981
MANUEL FERREIRA MARQUES
poesia é a voz da alma