Diz-me, meu amigo, onde hei de ir buscar
Bálsamo, para esta vida, que me vai cansando
Se a morte ,ainda não me quer levar
E a vida ,não deixa que eu viva sonhando
Diz-me ,meu amigo, A quem devo abrir
Estes meus braços, cansados de espera
Diz-me, que eu não sei, como devo agir
Se a vida me tem sido ,tão austera
Diz-me, amigo meu porque em ti confio
Onde desaguar o caudal do meu rio
Que transborda as margens, do meu desespero
Sem ser fatalista, eu queria partir
Se tudo que faço na vida é pedir
E o saldo final, continua zero...
PORTIMAO : 28/10/1998
MANUEL FERREIRA MARQUES
poesia é a voz da alma