E da morte não me abeiro.
Se è tão íngreme o carreiro
Por onde sigo à deriva.
A sorte de mim se esquiva
A razão não sei dizê-la
O mundo para mim è cela
Felicidade, è uma ferida!
E a minha alma dorida
Já não sente, já não chora.
Assim vou andando a esmo.
O amor não me convida!
Se a morte se demora
Deve ter dó de mim mesmo...
PORTIMÃO ; 30/11/1974
MANUEL FERREIRA MARQUES
poesia é a voz da alma