Houvesse condenação
Só deus sabe, se eu agora
Não estaria na prisão
Amei demais, sem resposta
E cheguei à conclusão
Que aquela, de quem se gosta
Tem sempre os trunfos na mão
Mas se um dia encontra azar
Ao baralhar a cartada.
Perde o gosto de brincar.
Quando o parceiro do lado
Cortar-lhe logo a jogada
O trunfo sai-lhe furado.
PORTIMÃO ; 07/01/1975
MANUEL FERREIRA MARQUES
poesia é a voz da alma