Caminho, tropeço
E caio no erro
Sempre que regresso
Mais fundo me enterro
Ergo-me vacilo
E fico confuso
Volto a este asilo
Sou réu e me acuso
Nesta reclusão
Onde os labirintos
Cheiram apodridão
E eu, dela faminto
Vomito desejo
“chafordo” na lama
em sonhos me vejo
Longe dessa chama.
PORTIMÃO ; 19/12/1981
MANUEL FERREIRA MARQUES
poesia é a voz da alma